sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pesquisa revela que mamão papaya ajuda a combater diversos tipos de câncer



Cientistas da Universidade da Flórida usaram chá da folha do papaya para curar células doentes e deu certo. Mas ainda há um longo caminho para que a pesquisa vire um tratamento eficiente.

Fonte: globo.com
Matéria exibida no "Jornal Hoje" dia 10/03/2010

Plantas medicinais são usadas há 8,5 mil anos

Rio (AE) - O ser humano usava plantas medicinais para combater verminoses há 8,5 mil anos, indica uma pesquisa do Departamento de Paleoparasitologia da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz. O estudo encontrou vestígios de plantas que têm efeito anti-helmíntico em coprólitos - fezes fossilizadas. A pesquisadora Isabel Teixeira-Santos chegou à conclusão ao analisar amostras encontradas no Piauí e no Arizona (EUA). “A gente tenta traçar o perfil paleoepidemiológico de grupos humanos pré-históricos.

O ambiente era muito diferente. Tentamos entender que meios tinham para combater doenças. Isso é importante para entender a evolução humana”, afirma a bióloga, que analisou o tema em sua tese de mestrado. As amostras eram de períodos diferentes. As do Arizona têm até 4 mil anos; as do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, 8,5 mil.

Ela encontrou pólen e grânulo de amido de plantas da família das quenopodiáceas e das malváceas, que têm a propriedade de combater verminoses. “Esses grânulos são encontrados na raiz das plantas. O pólen está nas flores. Isso demonstra que eles comiam as partes da planta que fazem efeito”, explica a bióloga. “Não posso dizer que faziam isso de forma intencional, porque não há registros. Mas é provável que sim. Eles sentiam os sintomas e procuravam algum tipo de tratamento”, afirma.

Nas amostras do Piauí também foram encontradas vestígios de polipodiáceas, família a que pertencem as samambaias. “Eles comiam as folhas. Alguns autores descrevem que essa folha provoca vômito e auxilia na remoção de helmintos (vermes)”, diz Isabel.

A pesquisadora também conseguiu identificar a alimentação desses povos. No Arizona, a dieta era predominantemente milho e yuka, uma espécie de inhame. “Eram grupos que já tinham agricultura”, afirma. No Piauí, havia até pinhão na base alimentação.

Fonte: Tribuna do Norte
publicado em 25 de Julho de 2010
http://tribunadonorte.com.br/noticia/plantas-medicinais-sao-usadas-ha-8-5-mil-anos/155106

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Plantas medicinais ajudam a emagrecer e a curar a depressão



Perto da hidroelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), nasceu um refúgio biológico. Plantas receitadas para tratar doenças saem do local embaladas, prontas para virar chá.

Fonte: Rede Globo
Programa Globo Repórter exibido dia 28/05/2010

Planta é eficiente para neutralizar veneno da cobra surucucu

Pesquisadores da UFF (Universidade Federal Fluminense), no Rio de Janeiro, descobriram que o extrato da planta Stryphnodendron barbatiman conhecida popularmente como barbatimão ou casca da virgindade pode ser usada para neutralizar o veneno da cobra surucucu, uma das maiores serpentes venenosas do mundo.

Os biólogos dizem que essa pode ser uma alternativa mais fácil de distribuir e de armazenar do que o soro usado atualmente nesse tipo de emergência.

O extrato tirado da planta manteve sua ação mesmo quando submetido a uma temperatura de 80ºC, durante 30 minutos.

Em nota, a universidade diz que "essa qualidade é muito importante num tratamento antiofídico, uma vez que a maioria dos acidentes ocorrem na zona rural, geralmente sem energia elétrica para a conservação de medicamentos a baixas temperaturas, além de ocorrerem com mais frequência nos meses quentes e chuvosos".

No estudo, os biólogos Rafael Cisne e André Fula analisaram a ação de 12 plantas brasileiras contra o veneno de cobra, mas só a S. barbatimão provou ser eficiente para esse tipo de tratamento.

De acordo com eles, "os resultados da neutralização utilizando os extratos vegetais sugerem que o uso dos antissoros, em conjunto com extratos vegetais, poderia aumentar a eficácia na neutralização dos efeitos dos venenos de serpentes".

Apesar de a maior parte dos ataques de surucucu ocorrer na zona rural, há um aumento importante desse tipo de acidente nas grandes cidades, em razão de problemas de saneamento básico – o lixo favorece o crescimento do número de ratos, que são alimentos para as cobras.

As vítimas da surucucu são principalmente homens com idades entre 15 e 49 anos. Em 70% dos casos, os ataques ocorrem nas pernas.

Fonte: R7
http://noticias.r7.com

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Governo revisará lista de fitoterápicos para o SUS

AE - Agência Estado

O governo federal promete revisar e ampliar a lista de fitoterápicos recomendados para o Sistema Único de Saúde (SUS), em meio a críticas de que parte do rol de oito plantas já incluídas não traz benefícios e não valoriza a flora nacional. Além disso, pesquisadores apontam a falta de fitoterápicos de ação comprovada contra depressão e ansiedade, que não trazem o risco de dependência - como ocorre com as drogas tradicionais.

Segundo o diretor de assistência farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior, uma comissão vai preparar uma relação nacional de medicamentos fitoterápicos essenciais, que ampliará o total ofertado no sistema público e poderá revisar o rol atual. A lista havia sido alterada pela pasta de dois para oito produtos no fim do ano passado.

Para o farmacêutico Luis Marques, vice-presidente da Federação Brasileira das Associações para o Estudo das Plantas Medicinais (Febraplame), no entanto, a seleção das plantas foi feita de maneira "irresponsável". Ele questiona, por exemplo, a inclusão da cáscara sagrada, planta importada dos EUA, indicada para constipação leve. A planta é um laxante, irritante intestinal, que pode causar dependência e mascarar outros problemas no órgão. "Do ponto de vista terapêutico, é contraindicado", afirma.

Roberto Boorhem, presidente da Associação Brasileira de Fitoterápicos (Abfito), diz que a constipação tem de ser corrigida com alimentação rica em fibras. Para ele, o fato de o governo ter incluído fitoterápicos no SUS representa um avanço, mas os critérios usados na escolha dos produtos são questionáveis. A Abfito destaca que não foram contemplados no SUS fitoterápicos de ação antidepressiva comprovada e que não causam dependência, como o ipérico (ou erva-de-são-joão), usado em remédios existentes no mercado, além de outras espécies como a macela, a passiflora e a melissa, base de produtos contra ansiedade e insônia também disponíveis nas farmácias.

Segundo Marques, há problemas também na escolha das 71 espécies da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus), que serve como referência para investimentos na pesquisa de plantas que poderão, eventualmente, ser incorporadas à rede pública (como já foi feito com as oito atuais). "Ninguém sabe como essa lista foi feita, qual foi o critério utilizado, se foi científico, se foi político", diz o pesquisador. Nascimento Júnior, do ministério, rebate as críticas. Diz que houve ampla discussão com a sociedade, incluindo universidades e secretarias de Saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão.com.br
Data da publicação: 25 de junho de 2010